5 armadilhas emocionais que enfrentamos ao morar fora
1- O mito da vida perfeita: Você está na Europa, visitando lugares lindos, ganhando em euro… Como pode reclamar? Pois é, a maioria dos seus familiares e amigos talvez não entenda mesmo, mas assim como a vida aqui está repleta de coisas boas, também exige superar um desafio atrás do outro com a língua, a cultura e as dificuldades de cada um. A vida de ninguém é perfeita e você não se ajuda se minimiza sempre o que está sentindo.
2- Não ouvir os sinais do seu corpo e do seu humor: É normal seu corpo se adaptar, pegar alguns resfriados e se sentir triste e nervoso em algumas situações. Mas se você está ficando doente com muita frequência, se você percebe dias em que se sente deprimido e sem energia, com muita ansiedade e dificuldade de dormir… Talvez você não saiba dar um nome para o que sente, mas provavelmente há uma questão emocional a ser tratada.
3- Esperar estar 100% adaptada nos primeiros meses: É muito frustrante não conseguir se virar nas coisas básicas que você estava acostumada no Brasil. Mas não tenha a expectativa de ser a mestre das bikes, falar holandês, dominar todas as regras e impostos e fazer vários amigos incríveis no primeiro mês. Será que você não está se comparando e se cobrando além da conta? Se dê o tempo necessário para construir esse novo capítulo da sua história.
4- Estar fechado a mudanças: O fato das coisas serem diferentes por aqui não significa que todas elas são ruins. Será preciso se reinventar em muitos sentidos por aqui: com o trabalho, as relações, o clima, os costumes, a alimentação, etc. Muitas coisas não serão como você espera e acreditar que toda diferença é um defeito não irá te ajudar. É necessário ter interesse e abrir a cabeça para aprender algo positivo com o lado Dutch (ou de outra cultura) de ser.
5- Não elaborar o luto migratório: Quem imigra vive o luto migratório, consciente disso ou não. Perdemos a presença de pessoas, de lugares e objetos familiares, partes da nossa identidade e das referências que a gente tinha. É comum passar pelas fases de urgência de reaver o que se perdeu, da desorganização e da sensação de estar perdida para então desenvolver a reorganização. Você pode ter apoio para passar por tudo isso e a terapia é uma ótima opção!